: “Uma homenagem aos fazedores do teatro”
Music-Hall é uma peça sem o tempo da representação e que se sucede no espaço do palco. Temos a Rapariga e os Boy 1 e Boy 2. Ausentes: o marido, e os treze boys 1 e boys 2 que antecederam estes que cá estão.
O espetáculo trabalha com o conceito de “efeitos de presença”, o que quer dizer que tem implícita a situação de ausência.
A presença-ausência define toda a estrutura da atuação dos atores. Fala-se da Rapariga e ao mesmo tempo a Rapariga aparece. A Rapariga presente fala da Rapariga ausente. Qual delas é?
Quem é esta personagem, a que vemos ou a que não vemos? Fala-se de alguém que está presente? O sujeito da enunciação refere-se a si próprio e cria-se a ambiguidade que percorre todo o espetáculo.
A representação é a construção do próprio espetáculo à medida que ele se vai fazendo, nós vamos assistindo ao seu percurso.
É o espetáculo do espetáculo, o que significa uma homenagem aos fazedores do teatro, nomeadamente aos atores. Linguagem nada fácil, por ser nova.
ROGÉRIO DE CARVALHO
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